Angústia, que sensação é essa?
- Patricia Cordeiro
- 1 de abr. de 2024
- 2 min de leitura

A angústia é uma emoção complexa que todos nós experimentamos em algum momento de nossas vidas, embora muitas vezes seja vista como algo negativo, ela é uma resposta natural frente a situações estressantes ou desconhecidas.
É importante termos a consciência de que sentir angústia não significa que sejamos fracos ou incapazes. Pelo contrário! É uma forma saudável de reagirmos frente às nossas emoções e uma oportunidade para reconhecermos nossos limites emocionais.
A sensação de angústia pode ser percebida através de um sentimento negativo acentuado, ela pode causar sintomas físicos como um aperto no peito, sensação de nó na garganta, peso sobre os ombros e nuca, tensão muscular, sensação de um buraco no estômago, entre outros.
Não raramente a angústia está associada a sentimentos apreensivos a respeito da condição humana e do mundo em geral, para alguns até mesmo uma sensação de falta de sentido na vida.
Cabe lembrar que por mais que haja sintomas parecidos com a depressão não se deve confundir essas duas condições. A depressão é um transtorno de humor crônico, enquanto a angústia, embora presente em transtornos depressivos, é um estado psíquico que tende a se resolver em pouco tempo, por mais que possa ser recorrente.
Quando nos deparamos com algo novo ou incerto, é natural sentir angústia. Isso ocorre porque nosso cérebro está tentando processar e entender a situação e a incerteza muitas vezes desencadeia sentimentos de ansiedade e preocupação.
A angústia também pode ser vista como uma adaptação evolutiva que nos ajuda a sobreviver em ambientes desafiadores. Ao nos sentirmos angustiados, nosso corpo está nos alertando para possíveis ameaças e nos preparando para lidar com elas.
Talvez possamos nos aprofundar nessa sensação de angústia, por mais desconfortável que ela seja, para compreender o que ela está querendo nos mostrar, o que estamos querendo mudar e não estamos percebendo, ela pode ser “um chamado” para o crescimento e uma transformação.
Quanto mais conscientes estivermos de nossos próprios processos internos, o que pode ser favorecido através do autoconhecimento através da exploração de nossas motivações, desejos e medos, mais capazes seremos de lidar com a angústia de forma construtiva.
Através de um processo de análise podemos reconhecer a dualidade da angústia e também reconhecer e aceitar as polaridades dentro de nós mesmos, nossas projeções e assim reduzir a angústia resultante do conflito entre elas e quem sabe ir de encontro a um propósito mais profundo e significativo na vida.